A missão integral da Igreja: por que o Reino de Deus está entre nós (parte I)
28-09-2011 01:11Por Pastor Wagner Tadeu dos Santos Gaby
O Reino de Deus
A palavra “reino” no original grego é “basileia”, que significa domínio, soberania e poder real. Quando associado a Deus, esse termo possui dois significados. O primeiro está diretamente relacionado ao governo de Deus no coração do homem, que ocorre logo após a regeneração (Jo 3.3; Cl 1.13). Como consequência dessa experiência, podemos dizer que toda pessoa dirigida pelo Espírito Santo tem o Reino de Deus sobre sua vida. O segundo aspecto está ligado ao governo milenar de Cristo sobre a Terra por ocasião da parousia (segunda vinda), reservada para o futuro (I Co 15. 23-25)
O Reino de Deus é o governo soberano do Senhor e, em princípios, engloba todo o mundo criado. É o âmbito em que a vontade do Deus que salva é conhecida, experimentada e cumprida. O conceito bíblico sobre esse termo sempre envolve a transformação espiritual dos remidos, e só secundariamente a mudança da sociedade, como um resultado que ocorrerá automaticamente quando da inauguração do milênio ou governo de Cristo sobre a Terra.
O Reino de Deus, no presente, significa o Senhor intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo. Trata-se de algo além da salvação ou da igreja; é Deus revelando-se com poder na execução de todas as suas obras.
O Reino de Deus não é visível (Lc 17.20) por que o Senhor não é visível. Trata-se de um reino espiritual, invisível. Jesus Cristo, porém disse: “O Reino de Deus está entre vós” (Lc 17.21). Além disso, é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17).
O Reino de Deus na justiça
Quando os discípulos estavam ansiosos, Jesus disse-lhes que se alguém, verdadeiramente, buscasse em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, tal pessoa não teria razão para temer crises, nem mesmo privações de suas necessidades básicas (Mt 6.33).
A razão pela qual Jesus incluiu a justiça nessa busca é por que precisamos reconhecer o direito de Deus sobre a nossa vida. E fazemos isso quando obedecemos à Palavra (Mt 21.32). Diante do Senhor, após a regeneração, o homem está isento da culpa, ficando justificado e livre de qualquer condenação, haja vista que “a justiça de Deus nos é concedida pela fé em Cristo, mediante o seu sacrifício redentor” (Rm 3.21-25).
Existe outra forma pela qual a justiça é aplicada na vida do crente. Esse senso de justiça lhe é concedido pelo poder dinâmico do Espírito Santo, que traz consigo uma autoridade moral, indispensável na vida do homem interior (I Co 4. 20).
A forma mais eficaz para pregarmos o Evangelho do Reino de Deus está relacionada com a integridade do testemunho pessoal, principalmente por meio de nossos atos de justiça para com o nosso próximo. Esses atos, alicerçados sobre uma alma convertida, levam o crente ao processo de santificação e ao estado santificado. Em Salmos 15.1-2a, vemos o exemplo de um homem justo que obedece à Lei de Deus e respeito o direito do seu próximo.
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